Guilherme de Almeida
Este artigo é o primeiro de uma série dedicada ao conceito de distância focal e a várias das suas implicações. Ao longo dos vários artigos desta série iremos abordando sucessivamente, em sequência coerente,
a começar pelos casos mais simples, aspectos muito relevantes para a astronomia de amadores.
curvatura adequada (no segundo caso). Nos telescópios catadióptricos (Schmidt-Cassegrain e Maksutov-Cassegrain), a distância focal é a do sistema formado pelo espelho primário e pelo espelho secundário (a lentecorrectora tem uma influência insignificante na distância focal efectiva do sistema). Veremos seguidamente como se medem as distâncias focais nos diversos casos, o que nos catadióptricos (também conhecidos como telescópios compostos), pode constituir uma surpresa.
Funcionamento das lentes de Barlow
Guilherme de Almeida
A lente de Barlow é um acessório muito comum e foi inventada em 1834 por Peter Barlow (1775-1852), professor de matemática da Real Academia Militar Inglesa. A Barlow é essencialmente um acessório modificador da distância focal da objectiva. É frequente ouvir perguntar como funciona a lente de Barlow.
Algumas pessoas surpreendem-se pelo facto de a lente de Barlow (por ser divergente e porque “diminui o tamanho” dos objectos quando se espreita pelo tubo) produzir um aumento de amplificação do telescópio. Outras pessoas ficam espantadas ao verificar que a Barlow consegue, com um pequeno acréscimo do comprimento total do tubo do telescópio, duplicar ou triplicar a distância focal efectiva da sua objectiva.
O telescópio ideal
Guilherme de Almeida
O conceito de ideal é demasiado difuso. Quem é que no dia-a-dia tem o automóvel ideal, o computador ideal, a casa ideal, a aparelhagem de som ideal, etc. Quem? Porque é que o telescópio que utilizamos deveria ser o ideal? Seguem-se algumas considerações a ter em conta. Este texto é necessariamente resumido, por limitações de espaço No final, leitor encontrará outras fontes à sua disposição, onde poderá obter informações mais pormenorizadas sobre estes assuntos e sobre outros directamente relacionados com eles.
Diâmetro máximo da pupila do olho humano em função da idade
Guilherme de Almeida
É sabido que a pupila do olho, condiciona a luz que os nossos olhos conseguem captar. Podendo atingir, na obscuridade, cerca de 7 mm de diâmetro num indivíduo jovem, vai-se reduzindo com o avanço da idade. Mas a que ritmo e em que condições? É esse o objectivo deste documento.
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Como escolher e utilizar binóculos para observações astronómicas
Guilherme de Almeida
Instrumentos de custo geralmente acessível, que muitas vezes até já possuímos mas que nunca nos lembrámos de voltar para o céu, os binóculos são frequentemente esquecidos. Representam, no entanto, um progresso enorme relativamente às capacidades de captação de luz dos nossos olhos. Um passo idêntico, partindo dos binóculos, conduzir-nos-ia a um telescópio com 350 mm de abertura (na gíria dos observadores “um telescópio de 14 polegadas”) ! É conveniente conhecer a possível adequação dos binóculos como instrumentos complementares para a exploração do céu nocturno e é indispensável saber tirar deles o máximo proveito.
O presente artigo tem por objectivo apresentar os principais critérios a ter em conta na apreciação e utilização de um binóculo, a adquirir ou que já se tenha em casa, do ponto de vista das observações astronómicas.
Dicas para quem vai começar
Guilherme de Almeida
Se começou agora a interessar-se por Astronomia e observações astronómicas, ou se está a dar os primeiros passos na aventura fascinante do conhecimento do céu, tome em consideração estas sugestões. Indico-lhe algumas dicas para facilitar a sua entrada no mundo fascinante das observações astronómicas. Siga-as se quiser. O texto pode parecer-lhe longo, mas verá que é útil.
Ser Astrónomo Amador
Guilherme de Almeida e Pedro Ré
Os astrónomos amadores são pessoas com as mais diversas profissões que se dedicam às observações astronómicas movidas apenas por prazer. Não há nisto nada de invulgar. Há quem se divirta a pescar, a observar aves, a coleccionar folhas de árvores, fósseis, selos ou moedas. Há em Portugal vários milhares de pessoas que se podem considerar astrónomos amadores e nos países que nos habituamos a considerar evoluídos esses números são muito maiores. O leitor (ou leitora) poderá também vir a ser um astrónomo amador. Entre os astrónomos amadores há quem observe ocasionalmente e quem o faça sistematicamente.
Uma Experiência de Verão
Guilherme de Almeida
Os olhos do observador
O treino visual é extremamente importante para um observador
de Astronomia, mas nem sempre lhe é dado o devido relevo. Em
outras actividades é igualmente crucial, mas é mais facilmente aceite
pelo senso comum. Por exemplo, duas cores parecem iguais a um
indivíduo não treinado, mas distinguíveis aos olhos de um pintor de
arte. Percutindo ao mesmo tempo duas teclas de um piano, ouvimos
um único som, mas um músico, mesmo que seja músico amador (de
costas durante este teste) percebe que foram mesmo duas teclas e é
capaz de se volta em seguida para o piano e dizer, sem se enganar,
quais foram as teclas.
Onde o céu encontra a Terra
Guilherme de Almeida
A imensidão dos grandes espaços abertos faz-nos pensar que o horizonte geográfico está muito longe: a váriasdezenas de quilómetros, para algumas pessoas, mais longe ainda para outras. Neste artigo mostra-se que não é assim e dão-se indicações para calcular a distância até essa linha “onde o mar e o céu se tocam”, utilizando conceitos
geométricos simples.