Efeitos da poluição luminosa no espectáculo do céu nocturno

Guilherme de Almeida

A poluição luminosa é o maior inimigo da beleza e imponência do céu nocturno. Devido aos
sistemas de iluminação mal dirigidos, mal instalados ou deficientemente projectados, muita luz é
lançada, indevidamente, para cima. O resultado prático é que o céu nocturno deixa de ser negro. O
número de estrelas visíveis a olho nu diminui drasticamente e as poucas estrelas visíveis tornam-se
débeis, ténues representações da sua presença poderosa e fascinante, bem visível sob céus escuros.
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As 10 maiores dificuldades do recém-chegado à Astronomia amadora

Guilherme de Almeida

José Manuel (nome fictício) acaba de comprar o seu primeiro telescópio. Está entusiasmado com as maravilhas que espera ver através dele e com o que imagina vir a descobrir nessas observações. No entanto, logo na primeira tentativa, passa-se algo de errado: em vez das estrelas esplendorosas que esperava observar, não vê absolutamente nada! A Lua não é nítida como ele esperava e a imagem parece dançar. O que é que está a correr mal? Isto não é raro de acontecer, mesmo com os telescópios mais sofisticados actualmente disponíveis. Este artigo chama a atenção do leitor para as principais coisas que podem correr mal; poderá ajudá-lo a desembaraçar-se desses problemas e a começar as suas observações com sucesso.

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O céu e as tradições: preservar o céu dos nossos avós

Guilherme de Almeida

1. A História e a longa noite dos tempos
A actual designação das constelações que podemos ver no céu nocturno segue
uma terminologia e uma simbologia internacionais, relativamente modernas, que
resultaram de um acordo internacional levado a cabo pela União Astronómica
Internacional (IAU) em 1928. Essa sistematização, bem como a delimitação das
constelações no céu, foram consequências do trabalho do astrónomo belga Eugène
Delporte, aceite internacionalmente em 1930, através da sua obra “La Déllimitation
Scientifique des Constellations”.

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Associações, grupos e clubes de astronomia amadora em Portugal

Guilherme de Almeida

É importante e útil dispor de uma lista actualizada de todos os grupos, grandes e pequenos, de Astronomia de Amadores. Poderão ter designações como “Associação”, “Clube”, “Grupo”, “Secção”, “Núcleo”, etc. Por vezes são designados genericamente como “grupos”. A lista que se segue dá diversas informações sobre todos os grupos de que tomámos conhecimento no decorrer de um apelo feito nesse sentido em  Outubro/Novembro de 2002.
Com esta lista talvez se descubram associações, grupos ou clubes que eventualmente nunca pensámos que existissem, por vezes mesmo ao lado, ou quase, das nossas portas.

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A Excentricidade da Órbita da Terra (II)

Guilherme de Almeida

 Num número anterior da “Macrocosmo” apresentei um artigo que descreve o fundamento de um processo experimental para a determinação da excentricidade da órbita descrita pela Terra em torno do Sol. Seguindo as indicações já dadas nesse artigo (cuja consulta se recomenda), apresentam-se agora os resultados práticos obtidos, aos quais se juntam algumas indicações úteis. Este trabalho pode ser feito com facilidade por qualquer astrónomo amador ou por um grupo de Astronomia numa escola secundária. O facto de se poder fazer de dia, em duas ocasiões do ano escolar, é uma circunstância favorável para algumas pessoas.

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A Excentricidade da Órbita da Terra (I)

Guilherme de Almeida

É sabido dos livros de texto que as órbitas dos planetas são elipses. Assim sendo, a Terra não escapa a este facto. Será possível, com meios muito simples, tanto no aspecto material como do ponto de vista matemático, determinar a excentricidade da órbita do nosso planeta em torno do Sol ? É esse o objectivo deste artigo.

Pode satisfazer a curiosidade de alguns leitores, que queiram fazer as medições necessárias e comparar os seus resultados com os que se vêem nos livros, ou servir de base a um programa de trabalho numa escola secundária, para alunos que estejam integrados num grupo de Astronomia. Este é o artigo 1 numa série de 2.

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Quantas estrelas se vêem no céu?

Guilherme de Almeida

É opinião corrente que as estrelas observáveis a olho nu, num dado local e num dado
instante, são incontáveis. E há também quem afirme que são milhões. De facto, sobretudo
num local escuro, afastado de poluições, luminosas e outras, somos tentados a concordar
com este ponto de vista. No entanto, o número de estrelas visíveis sem ajuda óptica—
mesmo em condições muito favoráveis— é relativamente modesto, muito abaixo das
especulações enraizadas no senso comum.

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